terça-feira, janeiro 15, 2013

D. Pedro V - O Esperançoso

Se houve Rei que foi amado e querido dos portugueses, esse Rei foi D. Pedro V. Teve como professor Alexandre Herculano. Apesar de ter subido ao Trono com apenas 20 anos estava muitíssimo bem preparado. Foi um autêntico líder e de tal forma estava preparado para a função que lhe chamaram de Esperançoso. Foi de uma devoção total à causa pública, esteve sempre na linha da frente, sempre junto ao povo de tal forma que também lhe chamavam o Muito Amado. Numa altura em que já os governos recorriam aos empréstimos, a que o povo chamava de «a fornada», o Rei ouvia o povo e resistia a dar o aval. Defendia que os que mais tinham deviam ser os que deviam pagar a crise. Foi porém infeliz. O seu reinado foi aquele onde as desgraças naturais, epidemias e calamidades se sucediam em catadupa, umas atrás das outros. Casou com D. Estefânia, a qual viria a morrer com apenas 22 anos. D. Pedro V morre dois anos mais tarde também de doença contagiosa, aos 24 anos. Apesar da idade foi dos maiores Chefes de Estado que Portugal teve no século XIX e dos poucos que foi amado pelo seu povo como poucos reis antes dele (ou depois) o foram. Foi uma perda irreparável para a Monarquia Portuguesa. Como tudo poderia ter sido diferente se este casal real tivesse sobrevivido e reinado por décadas. Talvez hoje ainda Portugal fosse uma democracia real com um Chefe de Estado seu descendente directo e fosse hoje um grande país aos nível dos países mais desenvolvidos e estáveis do mundo. Infelizmente o destino assim não o quis e o azar real foi a sorte daqueles que temos hoje. Foi um Exemplo que devia ser seguido hoje e se há episódio desta série sublime «Reis de Portugal» que vos recomendo caros leitores, é este. Vede e comparai o Exemplo de um grande Rei que o foi apenas na juventude e o exemplo dos que temos hoje, os marmanjos e reformados que governam «isto» e se governam... até um dia.


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