Embora seja assim durante todo o ano, é por alturas do dia 5 de Outubro que a febre republicana atinge o seu pico máximo. Os seus dirigentes imbuídos de um sectário republicanismo balofo e pouco sadio no lugar de um espírito verdadeiramente democrático e nacional desatam a dizer sandices, a começar pelo seu presidente. Ele é as leis republicanas, os valores republicanos, a justiça republicana, as instituições republicanas, a moral republicana, a ética republicana... não há nada neles que tenha a marca «Nacional».
O mais castiço que ouvi e vi, por estes dias, foi quando o candidato socialista à Câmara Municipal de Lisboa, M.M. Carrilho se dirigiu ao seu adversário, Carmona Rodrigues para o cumprimentar, tal não é a ânsia de fazer esquecer o acto deplorável e de pouco «fair play» de deixar o seu rival de mão estendida. Carmona, quando o viu, obviamente que correspondeu e embevecido logo declarou à boca cheia que este «é um gesto republicano». Ora das duas uma; ou só os republicanos é que se cumprimentam ou então aquilo que se passou nos bastidores da SIC – o pouco «fair play» de Carrilho e o correspondente «não me cumprimenta senhor doutor...? Que grande ordinário!», que também deixou mal na fotografia Carmona – é um gesto... monárquico.
Conclui-se portanto que não há nada, em Portugal, que não tenha a marca «republicano».
Então sendo assim lá vai disto porque existem certos fenómenos que decorrem no interior da sua república e que também merecem este distinta classificação. A começar; a trafulhice republicana, o amiguismo republicano, o negocismo republicano, o clientelismo republicano e, não esqueçamos essa grande instituição... republicana, com certeza; a cunha republicana, a incompetência republicana, o caos republicano, a desorganização republicana, a pouca vergonha republicana, a enxovia republicana, a pulhice republicana, a corrupção republicana e sei lá que mais. E por aqui me fico... mais palavras para quê?
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