Não surpreende que todos os movimentos de extrema direita se demarquem publicamente de Anders Breivik e do seu acto tresloucado mas não deixo de pensar quantos em surdina não aplaudirão o seu acto.
Basta por exemplo vir aqui e ver alguns comentários. Retenho este: «Anders is our leader! The commander of the Knight Templars! I salute you Anders Behring Breivik!»
Há 103 anos atrás também algo semelhante se passou em Portugal. Um grupo terrorista de cariz republicano logrou assassinar (PELAS COSTAS) em pleno Terreiro do Paço o legítimo Chefe de Estado português, El-Rei D. Carlos I e o seu filho, D. Luís Filipe, sendo ainda responsáveis por múltiplos atentados à bomba. É claro que os dirigentes do partido republicano se demarcaram do atentado e até o condenaram publicamente mas quantos não se teriam então congratulado na sombra. Aliás, de que forma e até onde estiveram envolvidos? Não é por acaso que o processo judicial que estava em curso desapareceu, com a imposição da república, mantendo-se desaparecido até hoje, como se pode constatar entre outras coisas, nomeadamente quais os apoios que os assassinos tiveram e quem estaria de facto por detrás deles, no livro «Dossier Regicídio», da autoria do prof. Mendo Castro Henriques.
É curioso como a comunicação social portuguesa agora quer «virar o bico ao prego» e colar os monárquicos ao acto, por alguns deles supostamente terem recebido o e-mail de Breivik. Provávelmente alguns monárquicos o terão recebido. E republicanos, não receberam? Se calhar foram mais os republicaos que receberam o manifesto do que os monárquicos. Não esqueçamos que a maioria, senão a totalidade, dos movimentos de extrema direita são, por natureza, republicanos.
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