Como as imagens mostram, vai ser instalada uma caixa eléctrica, chamemos-lhe assim, na rua. Agora repare-se onde esta aparentemente irá ficar. O edifício contíguo é um antigo Convento datado do século XVI. Praticamente desde essa altura, ali existe este pedregulho enorme que aparentemente, apesar dos temores, não deve ter qualquer função estrutural. Foi ali encostado; provávelmente sobrou da obra. Pergunta-se: então aquele canto não poderia ser utilizado para ali colocar a caixa optimizando-se assim o espaço existente? Pergunta-se ainda: Estéticamente, fica perfeito? Fica???
Porém antes disso, a caixa ia ser encostada ao edifício situado do outro lado da travessa criando ali um obstáculo a uma via pública. Depois, motivado pelos protestos dos moradores, achou-se por bem colocar a caixa cerca de 1,5 metros para a direita de onde agora está. Essa zona é o local onde se encontram três contentores de lixo. Posteriormente, porque se lembraram que a caixa iria ocupar parte do espaço onde estão os contentores, e como não existe alternativa de os colocar em mais lado nenhum nesta rua e como reduzir o número de contentores está fora de questão visto que estes servem uma zona considerável sendo que três ainda são poucos e que com a vinda do lar ainda vai ser pior - na verdade o lixo chega-se a acumular no chão - tal tornava-se insustentável e vai daí, lembrando-se deste pequeno grande pormenor lá andou a caixa um pouco para a esquerda.
De referir que as entidade públicas conhecem a situação e ninguém se lembrou (e até nem é precisa muita inteligência) de remover a pedra comprovando-se mais uma vez aquela máxima: Não dão mais do que isto.
Mas quem não quisesse estar com esse trabalho de remoção da pedra, sempre poderia encostar a caixa ao palácio onde vai ser o lar sem que para tal fosse preciso danificar a parede até porque este também é um edifício histórico. Mas aparentemente, e pelo que tudo indica, para ali não se pode embeirar, não se pode dar cabo da coqueluche; mas escavacar as paredes dos prédios limítrofes, sendo que um deles é monumento, aí já não há muitos pudores. E assim andamos por cá. Fica mais esta para todo o mundo ver.
Era uma vez em Portugal, numa vila perdida chamada Torrão...
Nesta imagem vê-se bem o espaço desperdiçado e o absurdo da situação. Também se pode ver que entre a parede e a pedra não existe rocha sólida. Na verdade, aquele espaço foi sendo preenchido com entulho e restos de argamassas que consolidaram os entulhos.
Quem vê esta imagem certamente se lembrará da letra daquela canção: «Encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora e conta logo a tua mágoa toda para mim. Quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora; que não vai embora, que não vai embora...». Isto sim, é amor. Pena foi ter sido apenas iniciado dia 16 de Fevereiro. Devia ter sido feito dois dias antes.
Nestas imagens, a travessa onde se encontra ainda o buraco onde se queria colocar a caixa... ou melhor, o obstáculo
Como se não bastasse, como já se fez alusão, antes de ter sido equacionada a colocação desta caixa, pôs-se a hipótese de a colocar na parede de um edifício privado. Vai daí toca a abrir um buraco onde foi colocada uma caixa de menores dimensões. No dia seguinte foi a caixa retirada, e taparam o buraco. No convento, recorde-se um monumento, ainda que desprezado, abriram outro buraco que posteriormente veio a ser tapado.
Sem comentários:
Enviar um comentário