quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Valeu a pena?








«Meu Deus, porque permitiste que matassem o meu Filho? Protegi-o com todo o meu corpo, expus-me aos tiros, quis desesperadamente que eles me trespassassem a mim. E bastou uma única bala para destruir o rosto do meu filho. (...)
A dor cobriu tudo. Esvaziou-me o Espírito. As recordações desapareceram, estou incapaz de chorar. Inerte».
- D. Amélia de Orleães e Bragança



«Imediatamente depois do Buíça começar a fazer fogo saiu de debaixo da Arcada do Ministério um outro homem que desfechou uns poucos de tiros à queima-roupa sobre o meu Pai; uma das balas entrou pelas costas e outra pela nuca, que O matou instantaneamente. Que infames! para completarem a sua atroz malvadez e sua medonha covardia fizeram fogo pelas costas.» - D. Manuel II in «Notas Absolutamente Íntimas»

«Quando de repente já na Rua do Arsenal olhei para o meu queridíssimo Irmão vi-O caído para o lado direito com uma ferida enorme na face esquerda de onde o sangue jorrava como de uma fonte! Tirei um lenço da algibeira para ver se lhe estancava o sangue: mas que podia eu fazer? O lenço ficou logo como uma esponja.» - Idem



Olhando friamente à distância de 104 anos e chegados a esta situação, devemo-nos perguntar se valeu a pena a trágica morte de quatro seres humanos - o legítimo Chefe de Estado, S.M El-Rei D. Carlos, o seu jovem filho e Principe Herdeiro, S.A.R. D. Luíz Filipe, de apenas 20 anos de idade, e os autores do atentado, senhores Alfredo Costa e Manuel Buiça, membros da organização terrorista Carbonária - naquela tarde de 1 de Fevereiro de 1908.
Não terá tudo isto sido um grande equívoco, uma grande tragédia (para todos, inclusive para Portugal) e uma grande injustiça? Infelizmente ainda há, embora felizmente, pouquíssimos, quem assim não pense. Os resultados, esses estão à vista AQUI e aqui em baixo, por exemplo.


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