segunda-feira, agosto 05, 2013

Uma feira fraca

Uma feira débil, repetitiva e pouco visitada com excepção da noite de Sábado assim podemos definir a feira do Torrão. Não podemos escamotear a situação económico-financeira do país mas também podemos inovar, buscar novos paradigmas e sobretudo atrair gente jovem nomeadamente de localidades vizinhas sob pena do definhar chegar a limites preocupantes. Pelos menos os sinais têm-no sido.

Três barracas de farturas, uma de t-shirts e bujigangas, uma de calçado quatro ou cinco de comes e bebes e os carrinhos de choque e pronto. Encheu o espaço os palcos e os stands institucionais.

A feira há muito que serve para propaganda política favorecendo claramente quem é poder


Um imenso espaço vazio que permitiu que um parque de estacionamento fosse possível no interior do recinto



Nunca se inova. Um modelo esgotado, cansativo, monótono e repetitivo. Para inovar basta mudar a disposição dos objectos para ser diferente. É o truque que os decoradores de design usam para com os mesmo objectos reproduzir um espaço diferente. Por exemplo, uma mesa em que se troque esporadicamente a ordem das coisas implica uma mesa diferente. Quando se chega à feira do Torrão, em vez de se deixar o horizonte desobstruído, a primeira coisa que se vê é a parte de trás dos stands. A entrada principal torna-se as traseiras. Esteticamente é péssimo. Porque não mudar a disposição dos stands? Isso também é inovar. É anos e anos sempre da mesma. Nunca se sai da zona de conforto.





Infelizmente propaganda que não é (?) nada barata. Alguém se perguntou quanto custaram este paineis que depois de três dias terão como destino o estaleiro? Como as contas não são transparentes pois não são públicas ficam os torranenses mergulhados na ignorância. Quanto menos se saber...




Errar é humano mas há que ter cuidado e brio. Em caso de dúvidas há sempre o dicionário da língua portuguesa - livro que tenho ao pé de mim sempre que escrevo e consulto quando tenho dúvidas. Não queremos desvalorizar ninguém e de forma injusta nem expôr ao ridiculo publicamente mas é que são sempre os mesmos, sempre os mesmos com suas lacunas, que não crescem, não evoluem, recusam-se a faze-lo. e continuam sendo sempre os mesmos a querer isto e aquilo com tanta gente de valor que há por aí e a quem este país não passa cavaco... Infelizmente lá está: A gaffe do costume e nem de propósito na palavra-chave que deve ser aplicada ao evento, à freguesia, etc: REMODELAÇÃO.
Será «acordizada»? É que com o dito que manda às urtigas a etimologia e dá importância à fonética implica que cada um invente o seu próprio acordo ortográfico.
A etimologia é importante porque quem conhece a raíz das palavra não comete tais erros. Remodelação, modelação, modelo, tudo palavras da mesma família. Eis um exercício importante quando temos dúvidas; listar famílias de palavras.
Modelo é paradigma, molde, maquete, etc. Remodelar é alterar o modelo. Modelo é uma palavra que deriva da palavra italiana surgida no Renascimento «modello» que por sua vez deriva da palavra latina «modus».
A minha pretensão? Não é querer provar ou mostrar nada mas tão somente partilhar saber. É importante darmos ao outro não apenas bens materiais mas também um pouco do nosso pequeno saber, da nossa cultura. Partilha, dádiva. Palavras estranhas a muito boa gente.

Mas claro, aqui é que não pode haver erros. Há que cortar consoantes ditas mudas. É um crime de lesa-pátria não escrever em «acordês» - o português dos burros. Isso aí é que nem nada. Há que simplificar até porque já diz o ditado que quem não sabe dançar até a música atrapalha.


Em suma, a festa maior da freguesia, a mais simbólica, uma feira fraca o que implica que o Torrão está cada vez mais fraco passados este anos. E agora é que se vai inflectir o ciclo prometendo fortalecê-lo? Pois... Bem,

Os resultados estão à vista!
Os resultados estão à vista!
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