quinta-feira, dezembro 08, 2011

Diz que é património histórico

Se há coisa que é sobrevalorizada aqui no Torrão, essa coisa é o chamado património histórico, coisa que na boca de alguns arautos do engano, é considerada riquíssima e vastíssima. Um delírio, pura ilusão como infelizmente já mostrei aqui nos primórdios do Pedra, e que complemento agora com imagens, as quais valem mais que mil palavras. Aqui fica o tratamento dado ao tão propalado património para que todos os leitores, os de cá e principalmente, os de fora, vejam. O património histórico do Torrão: uma ruína, uma catástrofe, uma tragédia e no limite, um crime. É preciso pôr termo à política criminosa do abondono. Pode ser que a partir deste artigo se despertem consciências.










Assim se escreveu aqui em 2007: O velho palacete do Porto-Rei próximo da aldeia da Casa Branca (Freguesia do Torrão). O Porto-Rei era um importante porto fluvial que foi perdendo importância ao longo do tempo. O palacete é hoje uma triste ruína. Mais um exemplo de património arruinado.




A igreja de S. Fausto infelizmente está assim desde há muito, muito tempo.













Pode não parecer mais aqui neste local, junto à igreja e moinho de S. Fausto, está uma anta. Sabem-no alguns que são do Torrão. Nem um caminho, nem uma placa, nem um sinal...










































A Calçadinha Romana; a matinha romana podemos assim dizer. Uma das fotos mostra um marco em cimento, recente, com as iniciais CMAS. Não deixa dúvidas: Câmara Municipal de Alcácer do Sal. Não basta assinalar para «marcar território».











A pobre Ermida de Nossa Senhora do Bom Sucesso, vítima do salitre e da incúria. Alvo de um restauro em 1999. Infelizmente a passagem do tempo é implacável mas...





































A Igreja Matriz do Torrão, sem dúvida a mais mal cuidada e desprezada dos arredores como o demonstra este artigo de Setembro de 2010. Tinta, em especial na torre, é coisa que não vê há décadas. O reboco cai das paredes enquanto uma figueira brava vai minando as paredes e, segundo consta, a humidade no interior é mais que muita tendo o bolor se apoderado da abóbada da sacristia que entretanto abriu fendas. Algo que não podemos confirmar. Só uma visita ao local o poderá demonstrar. O cata-vento da torre caiu, não ferindo ninguém por sorte. No entanto uma viatura automóvel ia sendo danificada por este ter caido muito próximo dessa viatura. Repare-se nas fotos do artigo referido atrás onde se pode ver que há mais de um ano que a situação se mantém assim nesse estado.





































Alvo de expropriação ainda nos anos 80 por aí terem sido encontrados vestígios pré-históricos justamente durante a construção deste pequeno Monte, as ruínas do Monte da Tumba assim têm permanecido desde então. Quanto à construção que foi embargada, essa nem foi demolida para se escavar no local da edificação, nem se cuidou, nem nada. Está tudo neste estado. Os pombos, as corujas-das-torres, os pardais e andorinhas é que agradecem pois aí nidificam e procuram abrigo. Do mal o menos.




Outro potencial Monte da Tumba? As ruinas romanas postas a descoberto com a construção do Centro Escolar e cujo fim não se vislumbra arriscam-se a ficar assim «ad eternum». Assim ficará um dos "vértices do triângulo mágico" que o, por enquanto, Presidente da Cãmara aludiu na inauguração? Veremos...

Sem comentários: