Mais uma vez a hipocrisia foi quem mais ordenou no que respeita a condolências e votos de pesar.
Pouco depois de se ter dado a tragedia em Nova Orleães Jorge Sampaio, o presidente desta república, foi lesto a enviar, e muito bem, condolências e a expressar a solidariedade de Portugal para com o povo norte-americano. O Parlamento, acabadinho de vir de férias, no início da secção legislativa, aprovou um voto de pesar, com o apoio de todos os partidos com assento parlamentar, pelas vítimas dos incêndios florestais e pelas vítimas do Katrina. Tudo isso é muito bonito não fosse o facto de tanto uns como outros, não terem expressado votos de pesar nem mensagens de condolências por outras tragédias que ocorreram sensivelmente na mesma altura como por exemplo pelas vítimas do incêndio que ocorreu num teatro egípcio, que provocou cerca de três dezenas de mortos nem pelas vítimas do movimento de pânico – gerado criminosamente por alguém que fez passar o boato de que no meio dos peregrinos estavam infiltrados bombistas suicidas – que ocorreu durante uma peregrinação xiita no Iraque e que provocou centenas de mortos.
Ao que parece, nem sequer o Bloquinho ou o Partido Comunista, que tanto gostam de apregoar contra a guerra no Iraque, foram avante com uma proposta nesse sentido.
Depois disto que se viu e, à semelhança de outras que lamentavelmente têm acontecido, digam lá se eu tenho ou não razão quando afirmo que há tragédias que são mais trágicas que outras e que há vítimas de primeira e vítimas de segunda! E já nem falo de situações que fazem dezenas de vítimas por dia como a esquecida situação no Darfur ou no Tibete. Mas quanto a esta ultima situação percebo muito bem porque é que a extrema-esquerda não queira fazer ondas!
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