sábado, setembro 03, 2005

Ah valentes!

«O único Estado estável é
aquele em que todos os homens
são iguais perante a lei»
Aristóteles

Já não é a primeira nem a segunda vez que alguns tubarões da república são apanhados a «assapar» loucamente por essas estradas fora a mais de 200 km/hora nos «seus» veículos topo de gama. Ora há-de ser um Presidente da República; ora há-de ser um Ministro; ora há-de ser um deputado; ora há-de ser um Secretário de Estado ou autarca ou Oficial de uma qualquer força de segurança, o que é certo é que de vez em quando lá se encontra um figurão acelera.
O último a ser «caçado» foi o Presidente do Tribunal Constitucional e, como sempre acontece, a Brigada de Transito dá um tratamento diferente daquele que daria se se tratasse de um cidadão comum e, como sempre acontece, a Brigada de Transito tenta fechar os olhos ao máximo.
Os métodos usados pelos ditos figurões são basicamente os mesmos, isto é, alegam que vão em serviço do Estado e não podem ir mais devagar, culpam os motoristas alegando que não estavam a tomar atenção à velocidade ou, quando se trata de um Oficial de uma qualquer força de segurança, o método é pressionar o agente de transito, ameaçando-o com um processo disciplinar ou alegando que este não o tratou com a reverencia exigida. Há ainda aqueles que ameaçam os agentes com berros e insultos como o mais celebre e valentão Major deste país que, alegadamente, por ter estacionado a viatura em cima de um passeio, ao ser interceptado por um policia, lhe berrou aos ouvidos que lhe iria estragar a vida, o brindou com impropérios e o mandou «à merda».
Há também algumas figurinhas do jet set e afins, como gente do espectáculo e futebolistas, os chamados famosos que armando-se em figurões também querem molhar a sopa.
É claro que a Polícia, quando se trata deste tipo de gente, regra geral, acomoda-se mas, aí de um cidadão comum se tem o azar de cair dessa abaixo.
Felizmente que agora este tipo de acontecimentos são noticiados com mais frequência e, ainda bem, pois se sendo noticia eles já fazem o que fazem, quanto mais se estes acontecimentos não viessem a público como acontecia no passado. Certamente que, apesar de tudo, lá haverá alguns que passam...

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