Tal como havia referido aqui, era preciso ajudar o povo líbio rapidamente e em força. Dando cumprimento à resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada na passada quinta feira, Reino Unido, França e Estados Unidos, a que entretanto se vão juntando outros países incluindo países árabes, deram inicio á operação militar que permite impôr a zona de exclusão aérea na Libia e proteger os civis dos ataques do regime de Kadhafi.
Este acto é, em meu entender, legítimo, necessário e tem várias consequencias:
1- Em primeiro lugar, ao contrário da invasão do Iraque, a decisão não foi unilateral e imposta por um país, no caso os EUA, levando tudo a reboque, tomada apenas tendo em conta o apoderar do petróleo iraquiano e destruindo toda a sociedade iraquiana, desmantelando forças armadas, polícia e todo o «political building» isto é, o estado iraquiano.
2- O petróleo não é o objectivo visto que Kadhafi continuaria a assegurar o fornecimento e a própria oposição pedia explicitamente o envolvimento da comunidade intrenacional.
3- A Libia não será invadida nem ocupada. Aliás os próprios rebeldes consideram tal inaceitável. Estes só queriam a ajuda para neutralizar a força aérea de Kadhafi, que lhes seja fornecido armamento e ajuda para organizar e instruir, dar formação a quem combate a ditadura.
4- Kadhafi é um dos ditadores mais ferozes da região como se pode comprovar nos últimos dias, se é que havia dúvidas, e como tal, como também se viu e vê, usaria e usa de todos os expedientes para se manter no poder, destruindo cidades inteiras se necessário fosse e usando escudos humanos tal não é o valor que para ele têm os seus concidadãos.
5- Kadhafi não pode operar livremente esmagando por todos os meios a oposição.
6- Se a ONU não interviesse o regime kadhafista triunfaria e serviria de exempolo a outros regimes ditaturiais como o regime sirio e iemenita que usariam tudo o que têm à mão para esmagar a oposição e promover uma carnificina. A decisão da ONU serve assim para manter tais regimes em sentido e obriga-os a pensar duas vezes.
Por tudo isto, o «Pedra no Chinelo» apoia totalmente a intervenção militar que só peca mesmo por tardia.
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