sexta-feira, novembro 04, 2011

Fatal como o destino

Não é preciso ser-se bruxo ou Engenheiro. Qualquer pessoa por mais humilde que seja e que tenha dois palmos de testa, vê o que outros teimam em não ver. Foi escrito aqui à apenas três dias que «Seja como for, também chove sobre a superficie da estrada e a água que escorre por essa mesma superficie irá arrastar terras ainda que estas se encontrem compactadas.
Depois veremos a eficácia da coisa. Então até à próxima chuvada
».
Bastou uma noite de chuva para que a estrada do lagar que tão jeitosa estava, ficar outra vez pelas ruas da amargura.






Os sulcos na estrada deixados pela água das chuvas são os primeiros sinais de degradação. Bastou a chuvada (que nem foi tão intensa assim) de uma noite.








Limpinho e arranjadinho... assim à primeira vista mas... vai uma espreitadela mais em pormenor?








Ei lá, que é isto? Assim visto da estrada não se percebe e lá diz o ditado que quem não sabe não fica sabendo mas aqui no Pedra no Chinelo não se brinca em serviço e a reportagem é feita de forma exaustiva e em pormenor esmiuçando tudo o que há para esmiuçar com rigor e profissionalismo. Os nosso leitores e seguidores merecem.





Até já está estratificado e tudo e com raízes à mistura.




Obstrução parcial e extensa. Já agora bem que se pode remover este rolhão. Ficou a meio gás.




A entrada oposta










Já esta manhã de forma célere os serviços camarários procederam a uma limpeza do asfalto. Eram 9.00 horas da manhã. Os vestígios são mais que evidentes.











Uma parcela já foi de água abaixo




Mas quando é que estes senhores param de brincar às obras que servem para atirar areia (neste caso é mais terra) aos olhos da população?

Basta de improvisos! Uma vez que se faça que seja bem feito e de forma sólida.

Pare-se de uma vez de brincar com os trabalhadores municipais. Que fique claro que do ponto de vista técnico o trabalho está óptimo. Os funcionários que fizeram esta «obra» estão de parabéns. Tanto o trabalho de cilindro como o trabalho de abertura e limpeza das valas está muito bom. Tudo bem que foram um tanto ou quanto malandrecos e cometeram aquele pecadinho de deixar aquela terra a obstruir o escoadouro mas ninguém é perfeito. Pura e simplesmente esta solução é que não é viável e ponto final.

Isto não motiva ninguém e é um desperdício de tempo e recursos. Em primeiro lugar porque os trabalhadores é que correm o risco de ficarem mal vistos e serem culpabilizados e acusados de fazerem as coisas mal quando tal não é verdade e aqui deixa-se isso bem claro. Pura e simplesmente tal apenas acontece porque o que se quer fazer ali daquela forma não é viável nem que se faça mil e uma vezes.

Em segundo lugar, que motivação é que tem um trabalhador que deixa e tem enlevo num trabalho feito e no dia a seguir vê tudo ficar na mesma, ou melhor dizendo, vê o seu trabalho ir por água abaixo? Terá gosto em trabalhar assim?

A única solução é uma compactação sólida e canais de escoamento na berma como deve ser, e asfaltar. Mas não é uma solução à chico-esperto de asfaltar apenas os últimos metros. É desde o fim da calçada ao pé do lagar até à confluência com a estrada nacional tornando esta uma entrada alternativa no Torrão - proibida a veículos pesados por razões óbvias. O problema do arrastamento de terras ficaria resolvido de vez e criar-se-ia ali uma nova via de entrada.

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