É por essas e outras é que temos que dizer basta. Dia 12 lá estarei. Depois porei a reportagem aqui no Pedra.
NÃO PODEMOS FALTAR. BORA LÁ.
Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal.
Nós, que até agora compactuámos com esta condição, estamos aqui, hoje, para dar o nosso contributo no sentido de desencadear uma mudança qualitativa do país. Estamos aqui, hoje, porque não podemos continuar a aceitar a situação precária para a qual fomos arrastados. Estamos aqui, hoje, porque nos esforçamos diariamente para merecer um futuro digno, com estabilidade e segurança em todas as áreas da nossa vida.
Protestamos para que todos os responsáveis pela nossa actual situação de incerteza – políticos, empregadores e nós mesmos – actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade, que se tornou insustentável.
Caso contrário:
a) Defrauda-se o presente, por não termos a oportunidade de concretizar o nosso potencial, bloqueando a melhoria das condições económicas e sociais do país. Desperdiçam-se as aspirações de toda uma geração, que não pode prosperar.
b) Insulta-se o passado, porque as gerações anteriores trabalharam pelo nosso acesso à educação, pela nossa segurança, pelos nossos direitos laborais e pela nossa liberdade. Desperdiçam-se décadas de esforço, investimento e dedicação.
c) Hipoteca-se o futuro, que se vislumbra sem educação de qualidade para todos e sem reformas justas para aqueles que trabalham toda a vida. Desperdiçam-se os recursos e competências que poderiam levar o país ao sucesso económico.
Somos a geração com o maior nível de formação na história do país. Por isso, não nos deixamos abater pelo cansaço, nem pela frustração, nem pela falta de perspectivas. Acreditamos que temos os recursos e as ferramentas para dar um futuro melhor a nós mesmos e a Portugal.
Não protestamos contra as outras gerações. Apenas não estamos, nem queremos estar à espera que os problemas se resolvam. Protestamos por uma solução e queremos ser parte dela.
5 comentários:
Confesso, estou um bocado confuso!
A nivel local há quem seja apoiante do PS mas depois vai à manifestação de dia 12 contra a política nacional do PS, é isso?
Ou, simplesmente, uma pequena contradição?
Caro Miguel não há contradição nenhuma. Como eu escrevi algures isto não é um problema de Governo, é um problema de regime. Protestar contra o sistema e o estado a que chegamos é o que pretendo e se ver o que tenho vindo a postar verá contra o que me insurgo; contra os mamões sejam eles quem for muitos deles sem justificarem o que ganham nem os cargos que detém. Sou militante do PS é certo mas também eu sou licenciado, «quinhentoeurista» e precário. Ah e esta mnifestação define-se como apartidária por isso eu apoio até porque a política local do PS não tem nada a ver com isso.
Caro Paulo, acho que fiquei esclarecido!
Claro, não lhe pergunto quem tem construído este sistema de precariedade. Haverá de conceder-me que há ali mão, braço e corpo todo do PS!
Ou é tudo culpa do dito regime? O dito regime que foi resultado da governação ora PSD (-+CDS) ora PS!
Ou não concorda?
Meu caro, se vermos bem a culpa é de todos nós e naturalmente que também terão que ser imputadas responsabilidades a essas forças políticas mas também à conjuntura internacional e outros factores. Se o sistema, se o modelo for bom, funciona independentemente dos protagonistas. Se o palco for balseiro e a peça uma porcaria sem pés nem cabeça mesmo que os actores sejam muito bons (o que por cá até nem é o caso. A grande maioria é má ou medíocre ou mediana) não se vai muito longe.
Se um frágil barquinho se ver no meio de um forte tempestade naturalmente soçobrará e naufragará inevitávelmente. Se for um embracação robusta resistirá; com dificuldade mas resistirá mesmo que a tripulação deste último seja 1000 pior do que a do barquinho frágil. Percebe onde eu quero chegar com esta analogia? Países com instituições fortes, sólidas, credíveis e sobretudo sérias e se ainda por cima forem regidas por gente séria, competente e qualificada como o Luxemburgo ou a Noruega - pergunte a um luxemburguês ou norueguês ou emigrante português nesses países se há crise ou se foram fortemente atingidos - resistirão à borrasca. Já outros como Portugal ou Grécia...
Caro Paulo:
Não há instituições sólidas que resistam à mediocridade de Homens como Socrates! Nem a sua Monarquia resistiria! Concorda?
Abraço Fraterno
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